quinta-feira, 8 de abril de 2010

Identificação Precoce do Sexo Fetal

Sexagem fetal. Este é um novo método para a determinação precoce do sexo do bebê.. O exame é realizado através da análise do DNA fetal presente no sangue da mãe pela técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase). Durante a gestação existe a passagem de uma pequena quantidade de células fetais para o sangue materno através da placenta. O exame dessas células revelaria as condições fetais por um procedimento não invasivo e sem riscos, pois requer apenas a coleta de uma amostra de 10ml de sangue da mãe. A enorme sensibilidade da PCR permite detectar pequenas quantidades de DNA fetal presente no plasma materno.

Este teste fundamenta-se na identificação de partes do cromossomo Y na circulação materna. Após a coleta, o plasma é separado e o DNA, isolado do mesmo, é submetido à reação de PCR com oligonucleotídeos iniciadores derivados do gene DYS14 específico do cromossomo Y.

O isolamento do DNA fetal a partir do plasma materno é relativamente fácil, barato e permite o processamento simultâneo de muitas amostras. O método de PCR desenvolvido para a determinação do sexo fetal possui excelente sensibilidade e especificidade, permitindo seu uso rotineiro e com índices de acerto superiores a 99% a partir de 8 (oito) semanas de gestação.

Estudos preliminares indicaram que 5% dos testes apresentam resultados inconclusivos, sendo necessária uma 2a coleta após duas semanas para que se obtenha um resultado definitivo.

Qualquer gestante poderá realizar o exame de sexagem fetal, preferentemente a partir de 8 semanas de gestação. O resultado do teste estará pronto no prazo de 5 dias úteis após a coleta do sangue materno.

Lembramos que este não é um exame para diagnóstico de malformações fetais, alerta o Dr. Túlio de Paula, especialista em Medicina Fetal, servindo apenas para a determinação precoce do sexo fetal.

Outras aplicações para o DNA fetal obtido a partir do plasma materno estão sendo pesquisadas, o que permitirá, no futuro, o diagnóstico não invasivo de uma série de doenças, tais como a ß-talassemia (tipo hereditário de anemia), a acondroplasia (nanismo) e até a Síndrome de Down. Ainda em 2005 estará disponível a determinação do genótipo Rh (D) fetal com a mesma metodologia.

Acredita-se que, no futuro, exames desse tipo venham a substituir a amniocentese (coleta de amostra de líquido amniótico) e biópsia de vilo corial (amostra da placenta) para obtenção do cariótipo fetal. As dificuldades residem no fato de a quantidade de células fetais no sangue materno ser muito pequena e de difícil identificação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário