quarta-feira, 28 de outubro de 2009

GI-RADS

Laudo de Imagem Ginecológica e Sistema de Dados

Uma nova proposta para classificar as massas anexiais com base nos achados ultrassonográficos

Fernando Amor, MD, Humberto Vaccaro, MD, Juan Luis Alcázar, MD, Mauricio Leon, MD, José Manuel Craig, MD, Jaime Martinez, MD

A proposta deste estudo foi descrever um novo sistema de laudo chamado Laudo de Imagem Ginecológica e Sistema de Dados (GI-RADS) para relatar achados em massas anexiais baseados na ultrassonografia transvaginal.



Figura 1. USG transvaginal de uma massa anexial diagnosticada como um cisto hemorrágico e classificada como GI-RADS 2. A paciente foi seguida e o cisto se resolveu espontaneamente após 2 meses.

Um total de 171 mulheres (idade média de 39 anos; variando de 16 a 77 anos) suspeitas de terem uma massa anexial foram avaliadas pela ultrassonografia transvaginal antes do tratamento. Análise de reconhecimento do padrãoo e a localização do fluxo sanguíneo pelo Doppler colorido foram usados para determinar o diagnóstico presuntivo.



Figura 2. USG transvaginal de uma massa anexial diagnosticada como um cisto endometriótico e classificada como GI-RADS 3. A cirurgia foi realizada e o diagnóstico foi confirmado na análise histopatológica.

Assim, o GI-RADS foi usado, com as classificações seguintes:
  • GI-RADS 1, definitivamente benigno. Ovários normais e nenhuma massa anexial visualizada;
  • GI-RADS 2, muito provavelmente benigno. Esta categoria inclui lesões anexiais que parecem ser de origem funcional, tais como folículos, corpos lúteos e cistos hemorrágicos (figura 1);
  • • GI-RADS 3, provavelmente benigno. Esta categoria inclui as lesões anexiais não neoplásicas que parecem ser benignas, tais como endometrioma, teratoma, cistos simples, hidrossalpinge, cisto paraovariano, pseudocisto peritoneal, mioma pediculado e achados sugestivos de doença inflamatória pélvica (figura 2 a 4);
  • • GI-RADS 4, provavelmente maligno. Esta categoria inclui lesões anexiais que poderiam ser incluídas nos grupos acima, com 1 ou 2 sinais sugestivos de malignidade (p.e., projeções papilíferas espessas, septações espessas, áreas sólidas, vascularização central, ascite e RI baixo <>
  • GI-RADS 5, muito provavelmente maligno. Esta categoria inclui massas anexiais com 3 ou mais achados sugestivos de malignidade listados para GI-RADS4.


  • Pacientes com tumores GI-RADS 1 e 2 foram tratados expectantemente.



    Figura 3. USG transvaginal de uma massa anexial diagnosticada como hidrossalpinge e classificada como GI-RADS 3. A cirurgia foi realizada e o diagnóstico foi confirmado na análise histopatológica.

    Todos os tumores GI-RADS 3, 4 e 5 foram removidos cirurgicamente e um diagnóstico histológico definitivo foi obtido. A classificação GI-RADS foi comparada com o diagnóstico histológico final. Um total de 187 massas foram avaliadas.



    Figura 4. USG transvaginal de uma massa anexial diagnosticada como salpingite aguda num quadro de doença inflamatória pélvica e classificado como GI-RADS 3. A cirurgia foi realizada e o diagnóstico foi confirmado na análise histopatológica.

    A taxa de prevalência de tumores malignos foi de 13.4%. Todas as taxas de classificação GI-RADS foram as seguintes: GI-RADS 1, 4 casos (2.1%); GI-RADS 2, 52 casos (27.8%); GI-RADS 3, 90 casos (48.1%); GI-RADS 4, 13 casos (7%) e GI-RADS 5, 28 casos (15%).



    Figura 5. USG transvaginal de uma massa anexial mostrando uma área sólida que surge da superfície das paredes internas. Não foi identificado fluxo sanguíneo dentro desta área sólida e a massa foi classificada como GI-RADS 4. A cirurgia foi realizada e a análise histopatológica revelou cistoadenofibroma.

    A sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia foram 92%, 97%, 85%, 99% e 96%, respectivamente.



    Figura 6. USG transvaginal de uma massa anexial mostrando uma área sólida com contornos irregulares e fluxo sanguíneo interno. A massa foi classificada como GI-RADS 5 . A cirurgia foi realizada e a análise histopatológica revelou carcinoma seroso de ovário primário.

    O propósito do sistema de laudo proposto mostrou boa performance diagnóstica. É simples e pode facilitar a comunicação entre ultrassonografistas e clínicos.

    Tabela 1. Diagnóstico final de todas as massas

    DiagnósticoN%
    Cisto funcional189.6
    Cisto paraovariano21.1
    Cisto hemorrágico2915.5
    Hidrossalpinge73.7
    Doença inflamatória pélvica105.3
    Cistoadenoma2714.7
    Endometrioma3720.2
    Teratoma189.6
    Leiomioma52.7
    Fibroma de ovário21.1
    Struma ovarii10.5
    Abscesso periapendicular21.1
    Tumor com baixo potencial de malignidade52.7
    Carcinoma de ovário primário1910.2
    Carcinoma metastático10.5
    Total183100



    Tabela 2. Laudo de imagem ginecológica e classificação do sistema de dados de acordo com o diagnóstico final específico


    GI-RADS
    Diagnóstico final12345Total
    Ovários normais4



    4
    Cisto funcional
    18


    18
    Cisto paraovariano

    2

    2
    Cisto hemorrágico
    29


    29
    Hidrossalpinge

    7

    7
    Doença inflamatória
    pélvica


    10

    10
    Cistoadenoma
    3167127
    Endometrioma
    2303237
    Teratoma

    18

    18
    Leiomioma

    41
    5
    Fibroma de ovário

    1
    12
    Struma ovarii



    11
    Abscesso periapendicular

    2

    2
    Tumor com baixo
    potencial de malignidade



    145
    Carcinoma primário de ovário


    11819
    Carcinoma metastático



    11
    Total452901328187



    Tabela 3. Performance diagnóstica do sistema GI-RADS


    GI-RADSBenignoMaligno
    1 – 41572
    5523|



    Sensibilidade, 92% (95% de intervalo de confiança, 75% - 98%);
    Especificidade, 97% (93% - 99%);
    Valor preditivo positivo, 85%;
    Valor preditivo negativo, 99%;
    Razão de probabilidade positiva, 29.8 (12.5 – 71.2);
    Razão de probabilidade negativa, 0.08 (0.02 – 0.31).

    Tabela 4. Características dos casos com achados falso-positivos


    Idade da paciente, anosGI-RADSVolume tumor, cm³Diagnóstico final
    445115Endometrioma
    445898Endometrioma
    66555Struma ovarii
    4451011Fibroma
    35584Cistoadenofibroma



    Fonte: J Ultrasound Med 2009; 28:285-291

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Cisto de Plexo Coróide


Escrito por Rafael Frederico Bruns
| 18 setembro 2009

O termo cisto em medicina é usado para definir um pequeno acúmulo de líquido. Com uma certa freqüência um cisto (acúmulo de líquido) se desenvolve dentro do plexo coróide, sendo então chamado de cisto de plexo coróide. O plexo coróide é a área do cérebro que produz o líquido que banha o cérebro e a medula. O plexo coróide não está envolvido no processo do raciocínio. Estes cistos podem ser encontrados em um ou ambos os hemisférios cerebrais e podem ter diferentes tamanhos.

O cisto de plexo coróide não causa distúrbios do aprendizado, não causa retardo mental nem câncer. Apesar de ser assustador encontrar as palavras "cisto" e "cérebro" na mesma frase, estes cistos não causam nenhum problema para o bebê.

Porque os cistos de plexo coróide são importantes?

Caso a mãe tenha outros fatores de risco associados, um cisto de plexo coróide pode sugerir que o bebê tenha uma doença cromossômica, como a trissomia do cromossomo 18. Nestes casos um teste como a amniocentese pode ser indicado para você pelo seu médico. A trissomia do cromossomo 18 (Síndrome de Edwards) é uma condição grave onde existe uma cópia extra do cromossomo 18 e estes bebês tem uma expectativa de vida curta.

Como achados isolados, ou seja, a única coisa que o bebê tem é um cisto de plexo coróide, isto não tem grande importância clínica. A maioria dos cistos regride expontâneamente antes mesmo do nascimento do bebê. Não existe necessidade de nenhum acompanhamento diferenciado em relação aos exames de pré-natal para bebês que possuem isoladamente o cisto de plexo coróide.

Recomendamos entretanto que TODAS as gestantes (independente do cisto de plexo coróide) façam pelo menos uma avaliação morfológica com um especialista em medicina fetal. A necessidade ou não de alguma alteração na rotina de pré-natal deverá ser discutida após a avaliação completa do feto.

Cisto Plexo Coróide

Idade Gestacional da Cesárea Eletiva e Desfecho Perinatal

Título Original: Timing of Elective Repeat Cesarean Delivery at Term and Neonatal Outcomes

Tital, ATN e col. for the Eunice Kennedy Shriver NICHD Maternal–Fetal Medicine Units NetworkN Engl J Med. 2009 Jan 8;360(2):111-20.

Por causa do risco aumentado de complicações respiratórias, a cesárea eletiva não é recomendada antes de 39 semanas de gestação a não ser que exista evidência de maturidade pulmonar. Nós avaliamos a relação entre cesáreas eletivas realizadas no termo (acima de 37 semanas) mas antes da 39ª semana de gestação e complicações neonatais.

Foi realizado um estudo de coorte de pacientes consecutivas submetidas a cesáreas eletivas realizadas em 19 centros do Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development Maternal-Fetal Medicine Units Network entre 1999 e 2002. Mulheres com gestações únicas submetidas a cesariana (antes do trabalho de parto e sem nenhuma indicação para realização da cesárea antes de 39 semanas) foram incluídas. O desfecho avaliado foi o óbito perinatal e diversas complicações que incluem: complicações respiratórias, hipoglicemia, sepsis neonatal e internamento na UTI neonatal.

Das 24.077 cesáreas realizadas no termo, 13.258 foram feitas eletivamente. Destas 35,8% foram realizadas antes de 39 semanas completas de gravidez (6,3% com 37 semanas e 29,5% com 38 semanas) e 49,1% com 39 semanas. Um óbito neonatal ocorreu. Quando comparado com os nascimentos com 39 semanas, os nascimentos com 37 e 38 semanas foram associados com um risco aumentado para o desfecho desfavorável analisado (razão de chances de 2,1 para 37 semanas e 1,7 para 38 semanas, p < 0,001). As taxas de complicações respiratórias, necessidade de ventilação mecânica, sepsis neonatal, hipoglicemia, admissão na unidade de UTI neonatal e hospitalização por 5 dias ou mais foram aumentadas por um fator de 1,8 a 4,2 para nascimentos com 37 semanas e de 1,3 a 2,1 para nascimentos com 38 semanas.

Dessa forma, conclui-se que a realização de cesárea antes de 39 semanas de gestação é comum e está associada com complicações respiratórias e desfechos neonatais adversos.

Dúvidas Comuns das Gestantes 1


Uma situação muito comum no dia a dia é encontrar pacientes que inadvertidamente foram expostas a raios X durante a gravidez. Este pequeno artigo tenta sanar algumas dúvidas importantes para aquelas pacientes que fizeram (ou precisam fazer) exames de raios X na gestação.

O que são os raios X?

Os raios X são emissões eletromagnéticas de natureza semelhante à luz visível. Este tipo de radiação é invisível. Os raios X são utilizados para tirar "fotografias"de ossos e de órgãos. Existe uma associação fraca com risco de câncer, partiularmente de leucemia quando o feto é irradiado.

É seguro fazer exames de raios X durante a gestação?

Sim, exames de raios X, quando necessários, poderão ser feitos na gravidez. Se o seu médico indicar o exame é porque a importância do exame para esclarecer a sua situação supera o pequeno risco para o feto.

Todos os tipos de raios X tem a mesma quantidade de radiação?

Não. Os diferentes tipos de raios X tem diferentes quantidades de irradiação. Os raios X médicos utilizam quantidades muito pequenas de radiação. Se você necessita de uma radiografia indicada por seu médico você deverá fazê-la. Se a região que irá ser irradiada não for o abdome, você poderá solicitar ao técnico que forneça um protetor (avental de chumbo) para o abdome.

Descobri que estou grávida depois de fazer o exame de raios X. O que devo fazer agora?

Não entre em pânico, você não precisa fazer nada. O risco para o seu bebê é tão pequeno que a maioria dos médicos vai tratar da sua gravidez como a de qualquer outra paciente. Se você estiver muito preocupada, solicite a clínica onde você fez o exame que faça uma estimativa da radiação que você receber. Usualmente recomenda-se que o feto não receba mais do que 5 rad. A maioria dos exames necessida de uma quantidade muito menor de radiação do que isto - veja a tabela abaixo:

Exame Dose de radiação
fetal estimada (rad)
Número de Exames
para atingir 5 rad
* Valores aproximados
Crânio 0,004 1.250
Tórax (duas incidências) 0,000007 71.429
Mamografia 0,020 250
Abdôme 0,245 20
Urografia contrastada 1,398 3
Pelve 0,40 125

Algumas mulheres tem tanto pânico de radiação que querem abortar a gestação depois de um exame de raios X. Isto não é necessário.

Se eu fizer um exame de raios X o meu bebê nascerá com alguma deformidade?

Os raios X usados em medicina não aumentam o número de bebês que nascem com deformidades ou anomalias congênitas. É importante saber que cerca de 3% dos bebês pode nascer com algum tipo de malformação. A maioria dessas malformações são classificadas como malformações menores e não causam nenhum prejuído ao bebê. Como exemplo de malformação menor poderíamos citar um sexto dedo em um dos pés.

É possível substituir o raio X por algum outro exame?

Em algumas situações os exames de raios X podem ser substituídos por ultrassonografia ou ressonância nuclear magnética. Estes métodos de diagnóstico são considerados inócuos para o feto e para a mãe. Entretanto em algumas situações apenas o exame de raios X poderá auxiliar o seu médico no diagnóstico.

Como posso saber se meu bebê tem alguma deformidade?

Para isto você fará os exames de pré-natal, em especial a ultrassonografia. Dois exames são de extrema importância, o exame da Translucência Nucal e o Ultrassom Morfológico.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Intervalos de Referência para os Índices de Resistência e de Pulsatilidade na Dopplervelocimetria das Artérias Umbilicais

Intervalos de Referência para os Índices de Resistência e de Pulsatilidade na Dopplervelocimetria das Artérias Umbilicais

Intervalos de Referência Relações Biométricas Fetais

Intervalos de Referência para Relações Biométricas Fetais

Intervalos de Referência da Medida da Velocidade de Pico Sistólico da Artéria Cerebral Média

Velocidade de Pico Sistólico da Artéria Cerebral Média (ACM)

Intervalos de Referência para o Índice de Líquido Amniótico (ILA)

Intervalos de Referência para o Índice de Líquido Amniótico (ILA)

Rastreamento Seqüêncial para Síndrome de Down

Veja a tabela abaixo com alguns marcadores e o likelyhood ratio correspondente:

Rastreamento Sequencial na Síndrome de Down

* LR = likelihood ratio

Intervalos de Referência da Medida da Translucência Nucal (Faria, 2004)

Intervalos de Referência da Medida da Translucência Nucal (Faria, 2004)

Novidades ....


O diafragma é um musculo que separa o tórax (coração e pulmões) do abdôme (estômago, fígado, intestino e outras vísceras). Além de separar as duas cavidades o diafragma é também o músculo mais importante envolvido nos movimentos respiratórios. Uma hérnia diafragmática é uma malformação do músculo (um pequeno defeito ou "buraco"), permitindo que o conteúdo da cavidade abdominal passe para o tórax.

No início da gestação, quando o bebê ainda está se formando, existe um "buraco" no diafragma. Isto é normal, mas este "buraco" normalmente se fecha no terceiro mês de gestação. Isto acontece em cerca de 1 em cada 2.500 gestações. O fato dos órgãos abdominais terem subido até o tórax impede o desenvolvimento adequado dos pulmões, causando uma condição conhecida como hipoplasia pulmonar. Isto significa que os pulmões são menores do que eles deveriam ser.

hernia_diafragmatica_congenita

Quais são os riscos envolvidos?

Durante a gestação, o feto não precisa dos pulmões para respirar e por isso a hérnia diafragmática não tem muitas manifestações durante a vida intra-uterina. Imediatamente após o nascimento, o recém-nascido precisa usar os pulmões para obter oxigênio e se eles estiverem muito pequenos (hipoplásicos) isto poderá causar uma condição chamada de insuficiência respiratória. Os vasos sanguíneos dos pulmões também serão muito pequenos, e haverá dificuldade de circulação neles, causando um outro problema chamado de hipertensão pulmonar.

Recém-nascidos com hérnia diafragmática requerem cuidados especializados e suporte de neonatologistas. Assim que o problema respiratório estiver estabilizado um cirurgião pediátrico irá realizar uma cirurgia para corrigir a hérnia diafragmática, colocando as visceras abdominais novamente no abdome e fechando o defeito do diafragma.

Os bebês com hérnia diafragmática devem nascer em hospitais de alta complexidade para que o tratamento adequado seja oferecido. Apesar dos avanços técnicos da medicina, mesmo nos melhores hospitais do mundo, alguns bebês com hérnia diafragmática não irão sobreviver devido a gravidade dos problemas pulmonares.

A probabilidade de sobrevida está relacionada com o tamanho dos pulmões. Quanto menor for o pulmão residual, pior é o prognóstico. Por isso alguns bebês que apresentam quadros extremamente graves podem se beneficiar de cirurgia intra-uterina.

Como é feito o diagnóstico da hérnia diafragmática?

Durante a gestação o diagnóstico poderá ser feito pela ultrassonografia. Após o nascimento o diagnóstico será feito pelo pediatra por meio do exame físico e radiografia de tórax.

Depois do diagnóstico é necessário mais algum exame especial?

Para realizar um diagnóstico adequado é necessário que o seu exame seja realizado por alguém com treinamento em medicina fetal. O processo de avaliação irá envolver os seguintes passos:

  • estabelecer se a hérnia diafragmática é um defeito isolado ou se existem outras anomalias associadas
  • avaliar o grau de acometimento pulmonar e as chances de sobrevida

Para isso serão necessários alguns exames como:

  • ultrassonografia morfológica
  • amniocentese para realização de cariótipo
  • ecocardiografia fetal
  • ressonância nuclear magnética

Após avaliação completa poderá ser dado um parecer sobre o caso.

Quais são as possibilidades de condução do caso durante a gestação?

Os casos de hérnia diafragmática poderão ser conduzidos da seguinte forma, dependendo do caso:

  • conduta expectante até o termo (gestação completa) com tratamento apenas após o nascimento
  • cirurgia fetal intra-uterina com oclusão traqueal por fetoscopia (reservado para os casos de pior prognóstico)

Como é o tratamento após o nascimento?

A hérnia diafragmática congênita é um problema grave e requer internamento em UTI neonatal. Bebês com hérnia diafragmática geralmente não conseguem respirar sozinhos devido a hipoplasia pulmonar. A maioria dos bebês irá necessitar de uma máquina para respirar chamado ventilador. Alguns bebês irão ainda precisar ainda de um outro aparelho chamado ECMO. O ECMO (Circulação Extracorpórea com Oxigenador de Membrana) faz temporariamente a função do coração e pulmões: oxigenar o sangue e bombear ele no corpo. O ECMO poderá ser utilizado temporariamente até que o problema pulmonar esteja estabilizado.

Finalmente após a estabilização do problema pulmonar a hérnia será corrigida com cirurgia. As vísceras serão recolocadas no abdome e o defeito no diafragma suturado.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sexagem Fetal

Atualmente, a técnica mais sensível e utilizada para a detecção do sexo fetal é a reação em cadeia da polimerase em tempo real, ou PCR em tempo real como é mais conhecida. A reação em cadeia da polimerase (PCR) é um método comum para se obter grandes quantidades de um fragmento específico de DNA a partir de um pequeno montante. A PCR amplifica rapidamente uma molécula de DNA em bilhões de moléculas, para que essas possam ser analisadas. Existem várias formas de analisar esses fragmentos de DNA que são amplificados pela PCR. O princípio do sistema utilizado na PCR em tempo real consiste na combinação de um termo-ciclador com a detecção de fluorescência emitida em cada ciclo. O método de TaqManÒ que é mundialmente mais utilizado, utiliza uma sonda marcada com uma molécula fluorescente (fluoróforo) e outra “quelante” (quencher) além do par de oligos iniciadores (primers) que se utiliza na PCR comum.
Após a extração, o DNA materno-fetal é submetido à análise de duas regiões genômicas, uma comum para ambos os sexos (beta-globina), e outra específica de uma região do cromossomo Y (DYS-14). A reação da beta-globina serve como controle de amplificação e evita um resultado falso negativo devido a inibidores da reação de PCR. Já a reação com DYS-14, amplifica quando o DNA fetal é do sexo masculino. Quando o sexo fetal feminino é diagnosticado, ocorre a amplificação da região controle (beta-globina) e não ocorre o sinal de amplificação da região do cromossomo Y, ou seja, o diagnóstico é feito por exclusão do sexo masculino. No caso de diagnóstico do feto masculino, obrigatoriamente as duas regiões têm que amplificar. O tempo médio para realizar a metodologia é de aproximadamente 3 horas. Todo esse processo é repetido novamente antes de liberar o resultado para evitar qualquer possível erro humano de laboratório. O resultado de ambas as reações obrigatoriamente tem que ser o mesmo (masculino ou feminino).

terça-feira, 4 de agosto de 2009

One Stop Clinic for Assessment of Risks (O.S.C.A.R.)

Maior agilidade no diagnóstico pré-natal de problemas genéticos do feto

Os exames para avaliação de risco de anomalias genéticas demoravam de 7 a 14 dias para ficar prontos, ao trazer um sofisticado sistema de diagnóstico ao Brasil de forma pioneira, o Hospital Israelita Albert Einstein pode oferecer esses resultados em apenas 30 minutos.

Chamada de O.S.C.A.R. (One Stop Clinic for Assessment of Risks), essa tecnologia é baseada no conceito desenvolvido pelo Prof. Kypros Nicolaides, coordenador da Fetal Medicine Foundation, de Londres, no início desta década, no qual todos os exames necessários são realizados em uma única visita.

Entre as mais freqüentes anomalias genéticas está a Síndrome de Down. Com essa tecnologia, além da rapidez, seu diagnóstico se torna ainda mais preciso, pois a sensibilidade do exame para sua detecção pode chegar a 95%.

Vantagens do O.S.C.A.R.

  • Maior comodidade, evitando vários deslocamentos da gestante para o consultório médico ou laboratório.
  • Rapidez do resultado. Laudo final entregue em 30 minutos.
  • Evita ansiedade da gestante à espera dos resultados.
  • Correlaciona dois exames não invasivos: avaliação da Translucência Nucal (TN) e Perfil Bioquímico Materno.
  • Permite que o especialista em medicina fetal que realiza a ultra-sonografia converse com a paciente e esclareça suas dúvidas sobre o resultado final do exame.
  • Resultados são apresentados de forma clara, por meio de gráficos de fácil leitura.
  • Eleva a sensibilidade na detecção da Síndrome de Down para 95%.


Exames de Rastreamento

É o nome dado ao conjunto de exames não invasivos para detecção de anomalias genéticas. O rastreamento é composto por ultra-sonografia morfológica do primeiro trimestre e o Perfil Bioquímico Materno.

A ultra-sonografia morfológica do primeiro trimestre é o exame mais importante para o rastreamento da Síndrome de Down. Ele pode ser realizado entre 11 e 14 semanas de gestação (preferencialmente, entre 12 e 13 semanas) e inclui o estudo da anatomia fetal, a medida da translucência nucal, a avaliação da presença do osso nasal e do fluxo de sangue através do ducto venoso.

O Perfil Bioquímico Materno consiste na análise de dois exames colhidos no sangue da mãe: a proteína plasmática A - associada à gestação (PAPP-A) - e a fração livre do betaHCG (free betaHCG). Avaliado em conjunto com a ultra-sonografia morfológica do primeiro trimestre, o exame melhora a sensibilidade na detecção da Síndrome de Down de 90% para 95%.

Classicamente, utilizava-se apenas a idade materna (acima de 35 ou 38 anos), para indicar a realização dos exames invasivos na gravidez. No entanto, quando se avaliam as estatísticas, observa-se que apenas 30% das crianças portadoras de anomalia genética têm mães acima de 35 anos. Isso significa que 70% são filhos de mães jovens. Por esse motivo, foram criados os exames de rastreamento, que podem e devem ser realizados em todas as gestantes.

Quando os exames de rastreamento mostram resultados normais, a gestante sai tranqüila e evita a ansiedade. Mas caso os exames tenham resultados alterados, isso não significa necessariamente que o feto apresenta alguma doença genética, mas indica que outros exames devem ser realizados.

Exames Invasivos

É importante frisar que os exames invasivos aumentam o risco de perda fetal e, portanto, não são indicados para todas as gestantes - apenas para aquelas classificadas como de alto risco.

Nesses exames, com controle ultra-sonográfico em tempo real, são realizadas punções através do abdome da mãe com o objetivo de retirar material fetal para análise. Dois são os procedimentos invasivos mais freqüentes:

  • Biópsia de Vilo Corial (BVC)
    Na BVC, retira-se um fragmento da placenta. É habitualmente realizada entre 11 e 14 semanas de gestação.
  • Amniocentese
    Retira-se amostra do líquido amniótico, geralmente, colhido a partir de 15 semanas de gestação.
    Com o material obtido de qualquer um desses exames, é realizada a cultura em laboratório de citogenética. A partir dessa cultura pode-se estudar o cariótipo do bebê, que permite a contagem do número e a avaliação da forma dos cromossomos, tornando possível o diagnóstico das principais anomalias genéticas fetais.

Com o material obtido de qualquer um desses exames, é realizada a cultura em laboratório de citogenética. A partir dessa cultura pode-se estudar o cariótipo do bebê, que permite a contagem do número e a avaliação da forma dos cromossomos, tornando possível o diagnóstico das principais anomalias genéticas fetais.

Exemplo de Resultado do Exame

Informações Gerais

  • Não requer preparo especial. Não é necessário encher a bexiga. Deve-se evitar o uso de cremes na pele do abdome no dia anterior e na data do exame.
  • A temperatura da sala de exames varia de 20 a 24 °C; portanto, recomendamos à paciente e ao acompanhante que utilizem trajes apropriados.
  • Criança acompanhando o exame costuma perder o interesse depois de alguns minutos. Para o conforto dos pais, recomenda-se trazer um acompanhante para cuidar dela.


Qualidade Auditada

Anualmente são enviado os dados colhidos a Fetal Medicine Foundation (Londres, Inglaterra), que certifica a qualidade dos exames realizados.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

SAUDADES!!!

Morre, aos 74 anos, o médico José Aristodemo Pinotti

RICARDO VALOTA - Agencia Estado

SÃO PAULO - Morreu hoje, aos 74 anos, o médico e deputado federal licenciado, José Aristodemo Pinotti, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo informações de sua equipe médica. Pinotti ocupava a Secretaria Municipal Especial da Mulher e lutava contra um câncer nos pulmões.Nascido em São Paulo no dia 20 de dezembro de 1934, Pinotti fez curso primário no Grupo Escolar Marechal Floriano da Fonseca, secundário no Colégio Nossa Senhora do Carmo e Universitário na Faculdade de Medicina de São Paulo. Fez residência no Hospital Pérola Byington e Pós-Graduação em Firenze (Istituto Nazionale dei Tumori Prof. Veronesi), França (Institute Gustave Roussy Prof. Denoix). Pinotti foi reitor da Universidade Estadual de Campinas (1982-1986), secretário de Estado da Educação de São Paulo, 1986-1987 (por 9 meses) e membro do Conselho de Curadores da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) de 1986-1995.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ovários Policísticos

Ovários Policísticos
Síndrome dos Ovários Policísticos

Uma em cada cinco mulheres apresentam sintomas ou sinais de ovários policísticos, ou S.O.P. (Português) ou P.C.O.S. (Inglês).

Esta síndrome é caracterizada por sinais de hiperandrogenismo e/ou disfunção ovariana e/ou ovários policísticos ao ultra-som.

Os critérios para o diagnóstico, de acordo com o Consenso Internacional de Rotterdam 1, são no mínimo 2 de 3 dos sintomas:

  1. Ovários Policísticos ao Ultra-som

  2. Falta de Ovulação Crônica ou Deficiência de Ovulação.

  3. Sinais Clínicos ou Laboratoriais de Hiperandrogenismo.

    Portanto, apenas um ultra-som mostrando ovários policísticos não é suficiente para o diagnóstico desta doença.

    Sintomas

    Irregularidades Menstruais.

    É um dos principais sintomas da S.O.P. Grande parte das mulheres tem atrasos ou mesmo ausência das menstruações.

    Dificuldade na Ovulação.

    Muitas mulheres com esta síndrome não tem ovulação regular. Este fato faz com que muitas delas tenham dificuldade em engravidar sem um tratamento eficaz.

    No entanto isto não quer dizer que mulheres com S.O.P. não engravidem nunca !!! Muitas adolescentes com estes ovários pensam que não podem engravidar e acabam conseguindo uma gravidez indesejada.

    Problemas na Pele e aumento de pelos.

    Acne, espinhas, queda de cabelo, pele oleosa e aumento de pelos são sintomas que podem fazer parte da síndrome. São chamados de hiperandrogenismo.

    Aumento de Peso

    Muitas mulheres que tem Ovário Policístico apresentam aumento de peso. Há controvérsias se é o aumento de peso que causa a anovulação crônica e, portanto, os ovários policísticos, ou se é a síndrome que causa o aumento de peso. Em algumas mulheres basta perder peso que a síndrome volta ao normal.

    Pacientes com síndrome de ovário policístico devem ser cuidadosamente avaliadas em relação à resistência à insulina e a síndrome metabólica, pois estas doenças estão relacionadas com maior chance de desenvolver alterações vasculares, diabetes, hipertensão arterial e risco cardiovascular aumentado.


    Abortos

    Pode haver uma correlação entre os altos níveis de LH com abortos em mulheres com esta síndrome.

    Diagnóstico

    O diagnóstico é feito através do exame clínico, e exames laboratoriais.

    Ao ultra-som caracteriza-se pelo aparecimento de mais de 12 folículos na superfície de cada ovário, ou aumento do volume ovariano acima de 10 ml.

    Este ultra-som deve ser feito entre o 3º e 5º dia do ciclo menstrual. Não sendo a mulher virgem deve-se dar preferência para a técnica de ultra-som transvaginal.

    É importante definir que estes resultados não se aplicam a mulheres que estejam tomando anticoncepcionais orais. Se houver um folículo dominante ou um corpo lúteo é importante repetir o ultra-som em outro ciclo menstrual para realizar o diagnóstico.

    Mulheres que apresentam apenas sinais de ovários policísticos ao ultra-som sem desordens de ovulação ou hiperandrogenismo não devem ser consideradas como portadoras da síndrome de ovários policísticos.


Miomas

O Que São Miomas ?

Definição

Miomas são os tumores benignos (não cancerosos) mais comuns do trato genital feminino. Eles também são conhecidos como fibromas, fibromiomas ou leiomiomas. Se desenvolvem na parede muscular do útero. Embora nem sempre causem sintomas, seu tamanho e localização podem causar problemas em algumas mulheres, como por exemplo, sangramento ginecológico importante e dor em baixo ventre.

As causas exatas do aparecimento dos miomas não são bem estabelecidas, mas os pesquisadores acreditam que haja tanto uma predisposição genética quanto uma maior sensibilidade à estimulação hormonal (principalmente estrogênio) nas mulheres que apresentam miomas. Algumas mulheres que podem ter esta predisposição, desenvolvem fatores que permitem que estes cresçam sob a influência dos hormônios femininos. Isto explicaria porque certos grupos étnicos e familiares são mais propensos a ter miomas.

Os miomas variam muito em tamanho. Em alguns casos eles podem causar um crescimento acentuado do útero, simulando uma gravidez de até 5 ou 6 meses. Na maioria dos casos os miomas são múltiplos.

Os miomas podem se localizar em diversas partes do útero. Existem, basicamente, 4 tipos de mioma:

1- Subserosos: aparecem e se desenvolvem abaixo da camada (serosa) externa do útero e se expandem através desta, dando ao útero uma aparência nodular. Tipicamente não afetam o fluxo menstrual, mas podem causar dores em baixo ventre, na região lombar e sensação de pressão no abdômen. Este mioma pode desenvolver uma haste ou pedículo, tornando-o difícil de distinguir de um tumor ovariano na ultra-sonografia.

2-Intramurais: se desenvolvem na parede do útero e se expandem para dentro, aumentando o tamanho do útero. É o tipo mais comum de mioma. Podem causar sangramento menstrual intenso e dores no baixo ventre e na região lombar e/ou sensação de pressão generalizada em baixo ventre, de que muitas mulheres se queixam.

3-Submucosos: estão justamente abaixo do revestimento interno do útero (endométrio). É o tipo menos comum de mioma mas o que pode causar mais problemas. Mesmo um pequeno mioma submucoso pode causar sangramento ginecológico maciço.

4-Pediculados: são os miomas que inicialmente crescem como subserosos e se destacam parcialmente do útero, ficando a ele ligado apenas por uma pequena porção de tecido chamada pedículo. Podem ser confundidos na ultra-sonografia com tumores ovarianos.

Quais são os sintomas mais comuns?

A maioria dos miomas não causam sintomas – apenas 10 à 20% das mulheres que têm miomas necessitarão de tratamento. Dependendo de sua localização, tamanho e quantidade, a mulher pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Períodos menstruais prolongados e com fluxo aumentado, sangramento fora de época, algumas vezes com coágulos, podendo levar à anemia. Este é o sintoma mais freqüentemente associado aos miomas.
  • Aumento de intensidade das cólicas menstruais.
  • Dor em baixo ventre, ou mais precisamente, sensação de pressão ou desconforto causado pelo tamanho e peso dos miomas que pressionam as estruturas adjacentes.
  • Dor na região lombar, flanco ou pernas (os miomas podem pressionar os nervos que inervam o baixo ventre e as pernas).
  • Dor durante o ato sexual.
  • Pressão no sistema urinário, o que tipicamente resulta no aumento da freqüência da micção, principalmente à noite.
  • Pressão no intestino grosso, levando à prisão de ventre e retenção de gases.
  • Aumento do volume abdominal que pode ser mal interpretado como ganho progressivo de peso.

Se você tem algum destes sintomas, procure seu médico.

Quem é mais propenso a ter miomas?

Miomas são tumores muito comuns. O número de mulheres que têm mioma aumenta com a idade até a menopausa, quando então eles regridem pela falta de estímulo hormonal. Aproximadamente 20% das mulheres entre a 2ª e 3ª décadas de vida apresentam miomas, 30% entre a 3ª e 4ª décadas, e 40% entre a 4ª e 5ª décadas. De 20 à 40% das mulheres com 35 anos ou mais, têm miomas de tamanho significativo.

Mulheres negras apresentam risco maior de desenvolver miomas: 50% delas podem ter miomas de tamanho significativo. Não se sabe ao certo o porque, embora pareça haver um fator genético desempenhando papel importante.

Embora os miomas possam aparecer na mulher aos 20 anos, a maioria das mulheres não apresenta sintomas até os 30-40 anos. Os médicos não são capazes de prever se um mioma vai crescer ou causar sintomas.

Os miomas podem crescer acentuadamente durante a gravidez, o que parece ser devido ao aumento dos níveis hormonais. Após a gestação, geralmente os miomas retornam ao seu tamanho anterior.

Os miomas tipicamente melhoram após a menopausa quando os níveis hormonais cai bastante, embora isto nem sempre ocorra.

Como os miomas são diagnosticados?

Geralmente os miomas são detectados primeiro durante um exame ginecológico, quando o médico percebe o aumento do tamanho do útero.

A presença dos miomas é então confirmada por uma ultra-sonografia abdominal. Este é um exame indolor no qual o médico move um instrumento (transdutor) parecido com um "mouse" sobre a superfície abdominal. Ondas de som são transmitidas através da pele e permitem ao médico "ver" o tamanho, forma e textura do útero. Uma imagem é exibida numa tela de computador à medida que o médico realiza a ultra-sonografia. Quando a intenção é apenas a realização da histerectomia (cirurgia de retirada do útero) em nosso serviço consideramos este exame suficiente.

Para as pacientes que desejam preservar seus úteros e são candidatas a uma embolização, a uma miomectomia ou para saber se podemos apenas manter os miomas sob observação realizamos uma ressonância magnética de pelve, exame igualmente indolor e que fornece um diagnóstico mais preciso. Em nosso serviço para considerarmos uma avaliação satisfatória, este exame deverá ser sempre feito com contraste (Gadolíneo) em um equipamento de alto campo com potência mínima de 1,5 Tesla.

Finalmente, a vídeo-histeroscopia diagnóstica é uma excelente opção, principalmente para avaliar a presença de miomas submucosos. Um finíssimo tubo (3 mm de diâmetro), ligado a uma microcâmera de televisão, é introduzido através da vagina e do colo uterino até o útero, permitindo ao médico visualizar seu interior e colher amostras de tecido para análise. Este procedimento é realizado pelo ginecologista e pode ser feito até mesmo no consultório sob anestesia local.

Problemas Sexuais Femininos

Falta de desejo sexual feminino

A falta de desejo é uma das disfunções mais freqüentes e chega a acometer entre 15 a 34% das mulheres.

Tem diversas causas entre elas as mais comuns são alterações hormonais provocadas por anticoncepcionais, parto, amamentação, menopausa e disfunções hormonais.

Uma causa muito comum é o uso de antidepressivos.

Outras causas estão no stress da vida diária, na rotina sexual do casal onde tudo é sempre igual, cansaço físico e mental.

Ainda existem causas provocadas por diversas doenças orgânicas, uso de diversos medicamentos, drogas, álcool, cigarro.

Muitos casais acham que este sintoma é falta de amor mas na maioria das vezes isto não é verdade. Sexo não deve ser confundido com amor que é um sentimento humano muito mais profundo que o sexo.

A solução passa por uma consulta com o ginecologista para que este possa avaliar as causas e, se for o caso, encaminhar o casal para o tratamento mais eficaz.

Incapacidade em obter orgasmo feminino

Outra disfunção sexual feminina muito comum é a incapacidade em a mulher obter orgasmo na maioria das relações sexuais ou mesmo nunca ter obtido um orgasmo.

É importante nestes casos saber se a incapacidade é somente na relação sexual ou até mesmo na masturbação feminina. Mulheres que tem orgasmo através da manipulação do clitóris ou através da masturbação não podem ser consideradas como anorgasmia.

A causa pode ser a falta de desejo sexual mas nem sempre existe relação entre a falta de desejo e a falta de orgasmo.

O orgasmo sexual feminino é uma entidade complexa do ponto de vista social, cultural e religioso.

Fisicamente, no campo biológico é fácil de descrever e teoricamente fácil de obter.

Do ponto de vista biológico o orgasmo feminino é bem definido existindo até imagens de ressonância nuclear magnética de uma mulher durante o orgasmo. MRI study of the female genitalia, during orgasm, and after orgasm from Schultz WW et al. BMJ. 1999;319(7225):1596-600.

Talvez a causa mais comum da dificuldade de atingir o orgasmo em mulheres é o equívoco sobre a resposta sexual normal das mulheres e da anatomia genital, o que não é incomum entre as mulheres e seus parceiros sexuais. Enquanto algumas mulheres podem obter orgasmo através da penetração vaginal por si só, muitas exigem estímulo clitoridiano para atingir orgasmo. Expectativas irrealistas, má técnica, e a clara falta de comunicação entre os parceiros podem contribuir para este problema.

Mas, na prática, o orgasmo é supervalorizado como manifestação de apreço sexual, desejo sexual, desempenho sexual.

Muitas mulheres afirmam que não precisam ter orgasmo para se satisfazer sexualmente.

O que se deve evitar é a ditadura do orgasmo, a necessidade imperiosa em ter orgasmo em todas as relações sexuais, pois isto acaba por depreciar a mulher como um ser humano e, aí sim, causar a falta de desejo sexual ou mesmo a aversão sexual definitiva.

Novamente o médico ginecologista pode ajudar a mulher em suas dúvidas e recomendar tratamentos que possam ser realizados ou opções disponíveis para avaliações por parte de outros especialistas.

Dor à Relação Sexual - Dispareunia

A dor a relação sexual pode ocorrer em diversas patologias do órgão sexual feminino tais como corrimentos, infecções vaginais, menopausa, distúrbios hormonais.

Também pode ser atribuída à falta de desejo sexual bem como a atitudes em relação a sua própria sexualidade.

A solução passa por uma consulta com o ginecologista para que este possa avaliar as causas e propor os tratamentos necessários.

É importante distinguir a Dor à Relação Sexual - Dispareunia da Incapacidade em ter penetração sexual

Vaginismo

Incapacidade em ter penetração sexual

A incapacidade em ter penetração sexual pode ser devida a problemas orgânicos relacionados aos órgãos genitais externos ou internos e ao vaginismo.

No caso de alterações orgânicas é importante não tentar mais a penetração e fazer uma consulta ao ginecologista para avaliar as causas e tratamentos.

Já, o vaginismo é a contração voluntária ou involuntária dos músculos perineais impedindo a penetração sexual.

De todas as disfunções sexuais é uma das mais fáceis de se resolver pois o tratamento é através de técnicas físicas que a própria paciente pode fazer com a orientação médica adequada.

A solução passa por uma consulta com o ginecologista para que este possa avaliar as causas e propor os tratamentos.

Tabelinha

Tabelinha

Tabela

Segurança ? Pouco Eficiente

Tabelinha é um método baseado em cálculos sobre a possibilidade da mulher engravidar em épocas diferentes do Ciclo Menstrual.

Teoricamente a mulher é fértil no meio do seu ciclo. Ou seja nos ciclos mais comuns de 28 a 30 dias a fertilidade máxima seria entre o 12° 13º 14º e 15º dia, contando o primeiro dia da menstruação como dia 1º.

Mas isto é válido para quem quer engravidar e não para quem quer evitar.

Uma regra fácil e uma tabelinha que tem chance de dar certo é a seguinte.

Anote num calendário o primeiro dia da menstruação.

Marque em azul os dias que você pode ter relações: entre o 1º dia e 9º dia da menstruação. Lembre-se conte sempre a partir do 1º dia da menstruação.

Marque em vermelho os dias em que você não pode ter relações: do 10º ao 19º . Nestes dias você pode usar uma camisinha masculina ou feminina.

Do 20º até a próxima menstruação, pode ficar despreocupada novamente, marque em azul.

Veja o gráfico.

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Dias livres Dias Perigosos
  1. Lembre-se. Não confie na memória. Marque o primeiro dia da menstruação num calendário.

  2. Nunca conte do último dia da menstruação. Isto não tem nenhum valor.

  3. Dia começa à meia-noite, certo ? Se mudar o dia e você entrar no vermelho use a camisinha.

  4. Apesar de ser muito raro há casos de mulheres que engravidaram em qualquer época do ciclo, até mesmo na menstruação.

  5. Tabelinha é extremamente perigoso em adolescentes pois seu ciclo pode sofrer variações muito grandes de mês a mês.

  6. Veja um cálculo aproximado do seu dia de ovulação.

Ligadura de trompas

Ligadura de trompas

Segurança ? Muito eficiente

A ligadura de trompas é realizada nas mulheres que nunca mais querem filhos. Pode ser feita de várias maneiras mas sempre exige internação e anestesia geral ou regional. É uma cirurgia de esterilização voluntária definitiva e, por isto, a mulher tem de ter certeza absoluta que nunca mais poderá ter filhos.

Camisinha feminina

Camisinha feminina

Segurança ? Eficiente

A camisinha feminina é um método novo no Brasil e pode ser encontrada nas principais redes de drogarias.

Tem todas as vantagens da camisinha masculina.

Deve ser usada pela mulher antes da relação e retirada logo após.

Cuidados necessários ao usar a camisinha feminina
Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.
Transar uma única vez com cada camisinha feminina. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.
Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos.
Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.

Camisinha Feminina - como colocar

Verifique a integridade da camisinha.

Dobre o anel menor desta maneira.

Introduza o anel menor até o fim da vagina.

Acompanhe os passos no desenho acima.


Comparação da camisinha feminina com a masculina

Segurança ? Eficiente


Cuidados necessários ao usar a camisinha feminina
Usar a camisinha feminina desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.
Transar uma única vez com cada camisinha feminina. Usar a camisinha feminina mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.
Guardar a camisinha feminina em locais frescos e secos.
Nunca abra a camisinha feminina com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.

Colocar a camisinha desde o começo do contato entre o pênis e a vagina.
Tire a camisinha com o pênis ainda duro, logo depois da ejaculação.
Apertar a ponta da camisinha enquanto ela é desenrolado para tirar o ar. Se o reservatório destinado ao sêmen estiver cheio de ar, a camisinha pode estourar.
Usar somente lubrificantes à base d'água. Somente lubrificantes à base d'água devem ser utilizados junto com a camisinha, como é o caso do KY. Já a vaselina e outros lubrificantes à base de petróleo não devem ser usados, já que causam rachaduras na camisinha, acabando com a capacidade dele de proteger contra doenças e gravidez.
Transar uma única vez com cada camisinha. Usar a camisinha mais de uma vez não previne contra as DST e gravidez.
Guardar a camisinha em locais frescos e secos.
Nunca abra a camisinha com os dentes ou outros objetos que possam danificá-la.

Webspy revela como colocar a camisinha feminina

Camisinha

Camisinha

Segurança ? Eficiente


Também chamada de condom, preservativo, borrachuda, é a única maneira segura de fazer sexo despreocupado com doenças sexuais ou AIDS.

Escolha uma marca boa. Carregue-a sempre com você.

Abra delicadamente a embalagem. Cuidado para não furar a camisinha com suas unhas.

Deixe um pequeno espaço na ponta da camisinha. Isto é importante.

Apertando o espaço que você deixou com um dedo coloque a camisinha no pênis.

Desenrole até a base.

Após o uso retire a camisinha.

Jogue no lixo. Camisinha é descartável. Nada de usar outra vez.

Camisinhas lubrificadas são mais confortáveis e eficientes. Prefira as que tem espermaticida junto.

Não use cremes, óleos, ou vaselinas. Se quiser usar um lubrificante use o Ky que é um gel especial para ter relações sexuais.