sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sexagem Fetal

Atualmente, a técnica mais sensível e utilizada para a detecção do sexo fetal é a reação em cadeia da polimerase em tempo real, ou PCR em tempo real como é mais conhecida. A reação em cadeia da polimerase (PCR) é um método comum para se obter grandes quantidades de um fragmento específico de DNA a partir de um pequeno montante. A PCR amplifica rapidamente uma molécula de DNA em bilhões de moléculas, para que essas possam ser analisadas. Existem várias formas de analisar esses fragmentos de DNA que são amplificados pela PCR. O princípio do sistema utilizado na PCR em tempo real consiste na combinação de um termo-ciclador com a detecção de fluorescência emitida em cada ciclo. O método de TaqManÒ que é mundialmente mais utilizado, utiliza uma sonda marcada com uma molécula fluorescente (fluoróforo) e outra “quelante” (quencher) além do par de oligos iniciadores (primers) que se utiliza na PCR comum.
Após a extração, o DNA materno-fetal é submetido à análise de duas regiões genômicas, uma comum para ambos os sexos (beta-globina), e outra específica de uma região do cromossomo Y (DYS-14). A reação da beta-globina serve como controle de amplificação e evita um resultado falso negativo devido a inibidores da reação de PCR. Já a reação com DYS-14, amplifica quando o DNA fetal é do sexo masculino. Quando o sexo fetal feminino é diagnosticado, ocorre a amplificação da região controle (beta-globina) e não ocorre o sinal de amplificação da região do cromossomo Y, ou seja, o diagnóstico é feito por exclusão do sexo masculino. No caso de diagnóstico do feto masculino, obrigatoriamente as duas regiões têm que amplificar. O tempo médio para realizar a metodologia é de aproximadamente 3 horas. Todo esse processo é repetido novamente antes de liberar o resultado para evitar qualquer possível erro humano de laboratório. O resultado de ambas as reações obrigatoriamente tem que ser o mesmo (masculino ou feminino).